Grupo: Aline
Cardoso
Amanda Alves
João Lucas Cavalcanti
Geraldo Candido Neto
Cid Cordeiro
1) Conteúdo:
Capítulo 23: A Organização da República e Oligarquia Cafeeira
-A Implantação da
República;
·
Os
treze Presidentes
·
O
Governo Provisório(1889-1891)
·
As
primeiras Medidas
·
O
“Encilhamento”
-
A
Constituição de 1891;
·
Características
-
A
Consolidação da República( 1891-1894);
·
Civis
e Militares
·
A
eleição de Deodoro
·
A
renúncia de Deodoro
·
Floriano
Peixoto(1891-1894)
·
O
manifesto dos treze generais
·
A
revolta da Armada
·
A
revolta Federalista
·
Floriano,
o Marechal de Ferro
-
A
“Política dos Governadores” e a Constituição da República Oligárquica;
·
A
hegemonia dos cafeeicultores
·
A
“política dos Governadores”
·
A
comissão de verificação
·
O
Coronelismo
-
O
Crescimento do Mercado Interno;
·
O
mercado consumidor
·
A
tradição da monocultura
·
O
endividamento externo
·
O
funding loan
·
O
estímulo a industrialização
-
A
Política de Valorização do Café;
·
A
organização da economia cafeeira
·
A
crise da superpeodução
·
O
convênio de Taubaté(1906)
Capítulo 24: As Primeiras Rebeliões na República Velha
-
Rebeliões
sem Projeto;
·
As
rebeliões primitivas
·
Canudos
·
Contestado
-
O
Cangaço;
·
O
banditismo Social
·
Origem
do Cangaço
·
Lampião,
o rei do Cangaço
-
A
Revolta da Vacina;
·
Rodrigues
Alves e o seu programa de governo
·
A
reurbanização e o saniamento
·
A
segregação social
·
A
revolta popular
-
A Revolta da Chibata;
·
O
recrutamento militar
·
A
rebelião
·
A
repressão
Capítulo 25: A Crise dos Anos 20
-
As
Repercussões da Primeira Guerra no Brasil;
·
O
domínio da Oligarquia
·
As
novas valorizações do café
·
Contradições
da desvalorização
-
O
processso de Industrialização;
·
A
origem e as condições da industrialização
·
Os
efeitos da primeira guerra
·
A
crise de 29
·
Os
anos 20
-
A Semana
de Arte Moderna (1922);
·
Tendências
da Arte no século XX
·
Situação
no Brasil
·
Preparação
do Movimento
·
Anita
Malfati
·
A
eclosão do movimento
·
Modernismo
e tendências ideoógicas
-
O
Tenentismo;
·
Origens
da crise dos anos 20
·
Os
primeiros abalos do “café com leite”
·
A
reação republicana
·
A
Aliança Libertadora
·
As
rvoltas tenentistas
·
O
programa de ação dos tenentes
·
A
“herança” do tenentismo
-
O
Movimento Operário no Brasil;
·
O
trabalhador operário
·
Organização
operária
·
Os
anarquistas
·
A
nova conjuntura internacional
·
A
legislação trabalhista
·
Os
comunistas
2) Como:
De maneira geral, pode-se falar
que o livro trás uma narrativa factual dos acontecimentos de maior relevância
ocorridos na fase inicial da República no Brasil. A informação em si, parece prevalecer sobre a
análise dos acontecimentos pontuados pelos autores ao longo dos capítulos, o
que na opnião do grupo restringe a possibilidade do debate e do despertar mais
crítico sobre os fatos apresentados. Do ponto de vista da organização dos capítulos e dos temas
trazidos em cada um deles foi notória a preocupação em ordena-los conforme a
seguinte estrutura: Aspectos Políticos e Econômicos; Aspectos Sociais e as
Manifestações Populares e por fim, alguns elementos da Cultura. Essa espécie de
separação (ainda que não explicita), não traz prejuízos a compreensão dos fatos
históricos narrados e têm um viés possivelmente didático. Cabendo ao professor,
estabelecer as relações entre esses fatos aos possíveis leitores do Livro em
tela. Como a maioria dos livros didáticos editados para o ensino Brasileiro, há
uma forte presença de imagens auxiliares ao texto e que, na opinião do grupo
preenche positivamente a construção do aprendizado da História. Sendo muito
boas as referências do acervo de imagens escolhidas pelos autores, para a
formação da memória histórica dos temas abordados.
Com relação ao conteúdo em si,
observamos que os temas são apresentados de maneira predominantemente sintética
e informativa, característica de um texto didático. Sendo bem sutis alguns
poucos comentários sobre os acontecimentos. No capítulo 23, por exemplo, que
trata de maneira geral do estabelecimento do regime Republicano e os
desdobramentos políticos, administrativos e econômicos resultantes desse
processo. O assunto “Política dos Governadores” e a Constituição da República
Oligárquica, em que temas como a política de verificação de votos e a cultura
política do Coronelismo presentes naquela ocasião perceberam um sutil
comentário crítico a esses temas, em que o autor utiliza-se de caricaturas
representativas da época para fazê-lo.
O capítulo 24, em que trata das
Rebeliões na República velha, inicia-o chamando de “rebeliões primitivas” e
relaciona ao contexto histórico da expansão do sistema capitalista no final do
século XIX, em que pontuam de maneira generalizante “Essa rebeliões primitivas
surgiram em virtude das alterações provocadas pelo capitalismo, que
desestabilizou as antigas formas de organização e dominações sociais. O
capitalismo fez cair o véu que ocultava a opressão e a miséria dessas
sociedades rurais arcaicas. As rebeliões foram, então, um protesto trágico
contra a opressão e a miséria, mas um protesto sem projetos claros e definidos.
Quase sempre, as aspirações dos rebeldes primitivos se mesclava à profunda
religiosidade, sem orientação política consciente. Daí a razão do seu
isolamento e, conseqüentemente, do seu fracasso ante as forças repressivas dos
poderes constituídos.”( p. 244). Percebe-se
um posicionamento, um tanto restrito dos autores que desconsideraram do
processo das Revoltas Populares as peculiaridades da cultura do povo
brasileiro, simplesmente, inserindo os acontecimentos às repercussões das
mudanças do sistema capitalista. No geral, o livro narra os fatos das
principais rebeliões sem tecer comentários acerca dos movimentos.
Com relação ao capítulo 25, em
que os autores tratam do período final da chamada “República Velha”, intitulam
no de “Crise dos anos 20” levando em consideração a inserção do Brasil no plano
político-econômico global imerso na Crise do capitalismo como também do
desalinho provocado pelas tensões da Primeira Guerra e as repercussões que
estes fatos geraram na jovem República Brasileira. O grupo
destaca neste capítulo, a proposta dos autores em trazer temas como as novas
tendências artística do Século XX, a Semana de Arte Moderna e o próprio
movimento Modernista,apesar de serem puramente colocados de forma descritiva
relacionando características e narrando os acontecimentos, revela o viés das
Artes acerca do cotidiano e da realidade vivenciada pela sociedade brasileira
em gênese e em busca da sua própria identidade nacional (especificamente
tratado no movimento Modernista). Do
ponto de vista político, o capítulo aborda o movimento Tenentista também de
forma descritiva, tecendo sutilmente críticas ao movimento quando no texto diz
“Ideologicamente, os tenentes eram conservadores, não propunham mudanças
significativas para a estrutura social brasileira. Defendendo um reformismo
social ingênuo misturado com muita centralização política e
nacionalismo.”(p.260). Por fim, o Movimento Operário e tratado pelos autores
como um “novo ator na história política do Brasil”, já que esse operariado
nasceu justamente no decorrer dessas duas décadas iniciais do século XX. Relaciona
o tema às ideologias anarquistas e ao comunismo, ressaltando a marcante influência
desses últimos no movimento operário e na gênese do sistema sindical.
Concluímos nesta breve análise
deste livro didático que há uma predominante característica informativa dos
acontecimentos históricos, apesar de reconhecermos a importância de cada tema
exposto pelos autores. Entretanto, refletimos que há uma fragilidade no ensino
da História quando este se limita apenas a uma grande e seqüenciada narrativa
descritiva dos fatos, sendo de extrema relevância suscitar um olhar critico
consciente da necessária inquietação que desperta o estudo da História para
formação do humano.
3) Compreensão da República:
Na opinião do grupo, o autor
compreende o fenômeno que resultou na implantação do Regime Republicano como um
mero instrumento das elites locais, em que a política esteve inteiramente
dominada pela elite oligárquica cafeeira, em cujo nome e interesse o poder foi
exercido. Alijados do poder oficial, de fato, os manifestos populares são
pontuados apenas a título das repercussões locais dos movimentos,
desconsiderando uma visão social mais crítica dos símbolos desses movimentos
para a construção dessa complexa sociedade brasileira pós-imperial. Faltando a
obra problematizar a questão da cidadania desse povo exercida não apenas com a
ótica do poder oficial.
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