Wellington Soares
Durante as discussões nas aulas de Brasil VII, ministradas pela professora Isabel Guillen, vários questionamentos foram realizados sobre a formação da identidade nacional, ponto levantado a partir da engenhosidade para se criar um herói para a nação, carente neste aspecto de indivíduos populares que atendessem todas as características, ou que pelo menos possuíssem valores próximos as camadas populares.
No terceiro capítulo, o autor José Murilo de carvalho tece dinamicamente as disputas que colocam o Mártir da Inconfidência e o Frei Caneca, considerado herói da luta pela independência e contra o absolutismo. Apesar de deixar nas entrelinhas uma preferência pela personalidade combativa de Frei Caneca, José Murilo, identifica e expõe as justificativas utilizadas sistematicamente pelos interessados em construir e inserir esse ícone brasileiro na mística do povo.
Dessa forma o autor sequencia as batalhas historiográficas, entre essas duas figuras, expondo motivos que enfraqueceriam a candidatura do Frei, como a regionalização de suas causas, o franco declínio econômico do nordeste, em detrimento da força que uma figura como Tiradentes, representante oriundo do eixo econômico do Brasil, visto que o período de edificação deste personagem é na "República do café com leite".
Ideologicamente estaria talvez o principal risco em não assumir uma figura que mantinha fatores religiosos e de aceitação de sentenças, como da personalidade mineira, ao contrário o Frei propunha participações e políticas mais radicais que englobassem os direitos do povo, desta forma seria ele o incitador das classes populares, trazendo o povo para frente dos "bastidores".
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CARVALHO, José Murilo de. A Formação das Almas: o imaginário da república do Brasil. São Paulo, Companhia das Letras, 1990;
Wellington, por favor, refaça seu post discutindo porque é necessário (se é...) construir heróis...
ResponderExcluirNota: 7,0
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